Sua vida? pacata.
Sua cidade? Tranquila.
Seu
futuro? Incerto.
Seu Passado? Obscuro.
Parece que nós,
mortais, somos os únicos a querer viver aventuras, conhecer civilizações antigas e mundos governados por princesas. É,
parece que, apenas nós, queremos isso. Por que então o nosso querido personagem Mackie Doyle não
se alegra nem um pouquinho com essa ideia de liberdade e novidades ? Porque o nosso amigo Mackie é um pouquinho diferente...
Mackie sempre
soube que fora “adotado”, não de um jeito
normal, mais para um jeito... deixado em um berço humano para tentar ter uma
vida humana. O garoto é um substituto. Foi trocado pelo verdadeiro filho da
família Doyle, há dezesseis anos. Agora, ele corre contra o tempo para
descobrir por que ele é o único da cidade, e o único que conhece, que tem uma
terrível alergia a sangue, solo consagrado e ferro. Ele não queria nada disso, apenas queria ser
normal. Um dos adjetivos que menos se
encaixam no garoto.
Não podemos dizer que ele também não tinha amigos,
é claro que tinha, eles até tinham se
acostumado com seu jeito sinistro e com seus olhos tão negros quanto a noite, nunca perceberam,
mas nunca houve um humano com tais olhos. Eu disse humano? Um desses seus
amigos se chamava Tate, uma garota um tanto estranha, mas humana, isso posso
garantir. Quando a irmã da garota, a sorridente e rechonchuda Natalie,
desapareceu, ninguém pareceu se importar,
o que é um tanto sinistro. Por que eles não se preocupam com a garotinha? Porque essa cidade se chama
Gentry (e nessa cidade coisas assim sempre aconteceram e sempre acontecerão,
os moradores apenas pararam de lutar).
Tate sabia que
não tinha ficado louca, que a sua irmã tinha sido SIM sequestrada, mas ninguém
a ouvia, apenas Mackie, ele sim ouvia, mas não fazia nada.
Quando ele começa
a descobrir suas origens e sobre o submundo que existe embaixo da escória de
lixo da cidade, ele percebe que o segredo que Gentry esconde é muito mais escuro
e podre do que imaginava, que quando as
pessoas botavam amuletos em frente a suas casas, não eram apenas superstições bobas.
O garoto descobre
a Casa do Caos, uma mini civilização que mora sob a escória de lixo, que é
governada por uma menina princesa e habitada por garotas-cadáveres. Ele percebe
que quando está com essas pessoas tão
estranhas, ele se sente em casa, o que não deveria acontecer, certo? Mackie não
deveria se sentir assim, pois ele tinha uma família, ele tinha um lar, ele era
human... Ele era? O que Mackie era? Isso, ele não sabia, a única coisa que ele
sabe é que o futuro da irmãzinha de Tate
está em suas mãos, assim como o futuro de todos o moradores da cidade.
Uma história um
tanto agradável quanto estranha, doce e
amarga. Demostra o amor e a solidão que juntas se misturam ao segredos mais escuros de uma
cidade que tem medo de seu passado. Com
um começo um tanto lento, a história demora um pouco para chegar ao seu
ápice, mesmo quando chega, não é, de
toda emoção e inesperado. Claro, tem um
ótimo suspense, que é carregado com muito esforço até o final, este por sua vez
é um tanto abrupto, nada muito extravagante
e que desde o início foi esperado. Uma boa leitura, pra uma sessão da tarde, quem sabe !!
Espero que tenham gostado...
Deixem seus comentários sobre o livro e até mais.